Cultura
Uma tarde para leitura e convivência
Grupo de leitura da UFPel se une à Biblioteca Popular para realizar atividade literária com crianças
Jô Folha -
Tapete na calçada, almofadas e crianças sentadas nelas, atentas à contação de história do grupo de leitura Alfabeta, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Não foi uma tarde comum, mas a concretização da proposta de apresentar o livro literário aos pequenos nas ruas. A ação extensionista atendeu neste sábado (24) a convite da Biblioteca Popular, situada na rua Conde de Porto Alegre, 749, um trabalho voluntário, que resulta de projeto social particular e familiar.
O grupo de estudantes participou do encontro com leituras e brincadeiras, em um evento denominado Festa de Rua Patuscada. Personagens como bruxas, fadas, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, entre outros, ganharam vida e estiveram presentes durante a leitura infantil. As meninas Indaiara Manfrino, 11, Cíntia Costa, 11, e Caroline Manfrino, sete, não só participaram da atividade do sábado, como são adeptas à Biblioteca Popular. Indaiara gosta de contos, Cíntia prefere histórias bíblicas e Caroline fica com as infantis.
A coordenadora da Biblioteca Popular, Régia Nogueira, conta que o espaço passou a funcionar em 2012, com a proposta de incentivar a leitura. "A ideia foi minha. Sempre pensei em um projeto social e a leitura liberta muito. Estou plantando uma sementinha nessa gurizada", diz. É a terceira vez que realiza evento com parceiros para divulgar o local. De propriedade de sua família, conta com o trabalho dela e de outras voluntárias.
O acervo é de cerca de mil exemplares. Todas as doações são bem-vindas, desde que sejam obras de literatura e jogos pedagógicos para o trabalho de auxílio a crianças com dificuldade de alfabetização. Segundo Régia, as crianças adoram os jogos. Durante a festa, que teve ainda brinquedo inflável, feira do livro, jogos recreativos, suco e pipoca, muitos optaram por ficar jogando.
A dona de casa Jeniffer Mathias, 29, lê o primeiro livro que pegou emprestado no espaço popular. Já seu filho de 11 anos dedica-se à leitura da terceira obra.
Para a cabeleireira Luana Fernandes, 35, a proposta da Biblioteca Popular é muito interessante. Há dois anos ela aproveita a oportunidade. Já leu vários livros. O gosto passou para a filha Antônia, de cinco, que mesmo sem saber ler tem contato com obras para olhar as figuras e escutar as histórias que a mãe conta. A biblioteca abre de segunda a quinta-feira, das 16h às 18h, e domingo, das 16h às 18h. Quem quiser ajudar com doações pode entrar em contato pelo telefone (Whats) 8409-5655.
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